segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um olhar rápido sobre o panorama eólico mundial

Segundo dados da Associação Mundial de Energia Eólica - WWEA (http://www.wwindea.org/) a potência mundial instalada de Energia Eólica atingiu 196,6 GW, sendo que 37,6 GW foram instalados ano passado. A produção pode chegar a 430 TWh, o que equivale a cerca de 2,5% do consumo de energia elétrica no mundo.

O setor eólico tem movimentado bilhões de euros e em 2010 empregou mais de 600 mil pessoas. Ano passado só os chineses instalaram 16,5 GW, totalizando 42 GW instalados na China – detalhe é que isso equivale a mais de 21% da potência mundial instalada. “Mania de grandeza têm esses chineses hein? Sou fã deles. Se é para fazer... vai lá, faz e pronto!! Por que instalar pouco se eu tenho potencial eólico e dinheiro suficiente para atingir 200 GW em produção até 2020?”

Outra parte do mundo que tem investido pesadíssimo no setor é a Europa. A região ainda representa a maior capacidade instalada, um total de 86 GW, segundo dados da WWEA. E embora no ano passado o continente tenha estagnado um pouco, metas ambiciosas têm sido traçadas em diversos países como Alemanha que pretende produzir de 20 a 25% de energia elétrica a partir dos ventos até 2020 e a Espanha, que espera instalar 38GW dentro do mesmo período.

O lider mundial em energia eolica offshore (no mar) ainda é o Reino Unido que fixou para 2020, 15 GW em terra e 13 GW no mar.

 “É muita energia! Fantástico!!”

E por falar em liderança, não posso esquecer de falar que as indútrias de turbinas eólicas que dominam o mercado mundial são dinamarquesas, alemãs e espalholas, muito embora, a Ásia com países como China, Índia, Coréia e Japão já estejam aumentando suas cotas nos mercados internos e externos. “Concorrência é um boa coisa gente.”

Na Améria Latina, o crescimento foi 467 MW de capacidade, sendo que destes, 320 MW foram implantados pela nossa “pátria amada, Brasil”, que creseu 77% em 2010 e atingiu no dia 23 de maio de 2011 a potência de  1 GW em parques eólicos em operação comercial, segundo o Jornal da Energia.

Embora ainda seja uma porcentagem pequena, este primeiro gigawatt eólico atingido pelo país deve estimular os investimentos no setor em território nacional. A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) espera que a geração eólica represente 5,2 GW na matriz energética brasileira até 2013. “Particularmente eu duvido que em dois anos isso se torne verdade, embora é claro, a expectativa da associação seja baseada nos resultados dos leiloes de 2009 e 2010, mas enfim, o jeito é esperar e torcer para que aconteça mesmo..2013 eu já estarei mais avançada no meu curso...quem sabe sobra um ‘estagiozinho’ pra mim no meio desses gigas ;)”

O fato é que milhares de megawatts estão inscritos para os leilões de energia A-3 e de reserva. Agora é esperar questões políticas não sejam “a pedra no meio do caminho” destes epreendimentos.

Os investimentos no setor têm feito com que o Brasil esteja na mira de multinacionais. Segundo a ABEEólica, ao menos sete grandes empresas já anunciaram investimentos no Brasil.

“Mas nem tudo são flores”, um dos maiores problemas da energia eólica é sua confiabilidade, já que os aerogeradores dependem diretamente da intensidade do vento e por isso, estão sujeitos às variações climáticas. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, houve anos em que menos de 80% da energia prometida no leilões foram entregues. Embora eu concorde com a opnião do presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, que questionou o fato defendendo que a produção média das 26 usinas que operam há ao menos um ano, superaram o volume previsto no contratos de licitação e além disso, falou que no Brasil, a energia eólica complementa a hidráulica, pois os ventos são mais fortes no períodos mais secos.

“Trocando em miúdos” o resumo de tudo é que Energia Eólica apesar de ainda representar  uma fatia pequena do “bolo” de energia mundial e de trazer consigo alguns problemas que ao meu ver são pequenos diante da imensidão de benefícios que ela possui, tem recebido uma atenção estimulante, especialmente para estudantes que assim como eu, interessam-se pelo setor e é claro para os investidores que têm tido lucros que os fazem querer cada vez mais estar evolvidos no desenvolvimento e implantação dessa forma renovável de contribuição à matriz energética mundial.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Primeira usina solar de geração de energia em escala comercial do Brasil

        Frente aos problemas ocasionados pelo consumo de combustíveis fósseis: falta de disponibilidade deles em alguns países, dependência energética, pressão econômica causada pela submissão às importações e ainda os efeitos ambientais ocasionados pelo uso deles; há anos pesquisas vêm sendo desenvolvidas para tornar possível utilizar os recursos naturais renováveis que o planeta tem a oferecer.

    A Terra recebe cerca de 2000 kWh/m² de radiação solar por ano nas regiões próximas à Linha do Equador. E, ainda que esteja afastado da Linha, como no norte da Europa e estando no período do inverno, a radiação solar ainda é suficiente para suprir às necessidades básicas, como esquentar a água das casas.

   Essa radiação, todavia, não oferece apenas a possibilidade de captação de calor (Energia Solar Térmica) e a geração de energia elétrica (Energia Solar Fotovoltáica), ela possibilita que no planeta apareçam outras energias renováveis, como a Eólica que surge a partir das diferenças de radiação solar no planeta, a Maremotriz ocasionada, também, pelos ventos, e a Bioenergia que utiliza o princípio básico da fotossíntese para produzir energia.
Assim, por ser precursora de tantas outras, decidi que minha primeira publicação no blog seria sobre Energia Solar.

    Bem, como brasileira, nordestina e orgulhosamente, cearense, não poderia deixar de falar sobre o maravilhoso empreendimento que está entrando em fase de teste e que será inaugurado próximo mês em meu estado. Lembrando aos que possam vir a perguntar que eu não trabalho para nenhuma empresa. Sou Estudante. Não ganho um tostão sequer para fazer propaganda, portanto, a única razão para eu mencionar a empresa e o empreendimento é que devemos dar “à César o que é de César”.

    O artigo é de um site que eu gosto muito de acompanhar o Jornal da Energia http://www.jornaldaenergia.com.br/

   Achei maravilhoso, além de gerar uma energia completamente renovável, ainda vai possibilitar a criação de inúmeros empregos no estudo e os estímulos às pesquisas no ramo. A Universidade Federal do Ceará, onde aliás eu estudo, e a Universidade Estadual do Ceará têm se mostrado empolgadíssimas com a valorização que investimentos em energias renoveis têm trazido.

    Além dos laboratórios e de diversos estudantes de pós-graduação, ainda há aqueles que, como eu, se empolgam ainda na graduação para estudar nesse campo.
O Ceará tem um potencial solar invejável e um potencial eólico que o coloca que uma posição extremamente favorável para os investimentos nessas formas de geração de energia elétrica.

MPX inicia operação em testes da primeira usina solar fotovoltaica do País

A MPX, emprewww.jornaldaenergia.com.brsa de energia do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, conectou ao Sistema Interligado Nacional (SIN) a primeira usina solar de geração de energia em escala comercial do Brasil, a MPX Tauá. O empreendimento entrou em testes e tem a inauguração marcada para 3 de junho. Localizada no município de mesmo nome, no sertão do Ceará, a usina tem capacidade instalada inicial de 1MW, o suficiente para abastecer 1,5 mil famílias. A planta fotovoltaica recebeu investimentos totais de cerca de R$10 milhões, sendo que US$700 mil foram financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“Estamos orgulhosos do sucesso obtido com essa iniciativa e queremos contribuir com a expansão da geração solar no Brasil e o desenvolvimento da tecnologia para a diversificação da matriz energética. O potencial de abastecimento complementar com energia solar é grande no país”, comemora Marcus Temke, diretor de implantação e operação da MPX. O executivo destaca que a planta é a primeira fora de laboratórios e conectada à rede elétrica, uma vez que as iniciativas anteriores eram levadas a cabo por universidades ou em programas de eletrificação nos sistemas isolados.
O planejamento da MPX para a expansão da geração solar está adiantado. A empresa já possui autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e licença da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) para aumentar a capacidade da usina para até 5MW. O projeto final concebido pela empresa para a planta de Tauá chega a 50MW. Quando essa potência for atingida, 77,4 milhões de kWh serão injetados na rede elétrica brasileira anualmente.
Hoje, a usina ocupa uma área de 12 mil metros quadrados e conta com 4.680 painéis fotovoltaicos, que absorvem a luz do sol para transformação em energia elétrica. Distante cerca de 360 quilômetros de Fortaleza, capital do Ceará, a MPX Tauá está conectada ao Sistema Interligado Nacional através de subestação da distribuidora Coelce, a partir de uma linha de 13,8 kV e 12 quilômetros de extensão.
A MPX também já firmou parceria com a Universidade Estadual do Ceará (UECE) para o monitoramento e análise dos dados obtidos na operação, o que orientará a expansão do empreendimento. Dados emitidos pela estação meteorológica da usina serão transferidos, em tempo real, para os computadores da universidade, e estudantes serão capacitados na área de energia solar.
Os painéis da usina foram fabricados pela empresa japonesa Kyocera, com experiência de mais de 30 anos no setor. Segundo a MPX, a cidade de Tauá foi escolhida por seus ótimos índices de radiação solar ao longo de todo o ano e por se destacar em infraestrutura. A companhia também destaca que, durante a construção da usina solar, metade dos trabalhadores foram recrutados na própria cidade.

Bem, por hora é isso.
Espero publicar mais em breve!