O setor eólico tem movimentado bilhões de euros e em 2010 empregou mais de 600 mil pessoas. Ano passado só os chineses instalaram 16,5 GW, totalizando 42 GW instalados na China – detalhe é que isso equivale a mais de 21% da potência mundial instalada. “Mania de grandeza têm esses chineses hein? Sou fã deles. Se é para fazer... vai lá, faz e pronto!! Por que instalar pouco se eu tenho potencial eólico e dinheiro suficiente para atingir 200 GW em produção até 2020?”
Outra parte do mundo que tem investido pesadíssimo no setor é a Europa. A região ainda representa a maior capacidade instalada, um total de 86 GW, segundo dados da WWEA. E embora no ano passado o continente tenha estagnado um pouco, metas ambiciosas têm sido traçadas em diversos países como Alemanha que pretende produzir de 20 a 25% de energia elétrica a partir dos ventos até 2020 e a Espanha, que espera instalar 38GW dentro do mesmo período.
O lider mundial em energia eolica offshore (no mar) ainda é o Reino Unido que fixou para 2020, 15 GW em terra e 13 GW no mar.
“É muita energia! Fantástico!!”
E por falar em liderança, não posso esquecer de falar que as indútrias de turbinas eólicas que dominam o mercado mundial são dinamarquesas, alemãs e espalholas, muito embora, a Ásia com países como China, Índia, Coréia e Japão já estejam aumentando suas cotas nos mercados internos e externos. “Concorrência é um boa coisa gente.”
Na Améria Latina, o crescimento foi 467 MW de capacidade, sendo que destes, 320 MW foram implantados pela nossa “pátria amada, Brasil”, que creseu 77% em 2010 e atingiu no dia 23 de maio de 2011 a potência de 1 GW em parques eólicos em operação comercial, segundo o Jornal da Energia.
Embora ainda seja uma porcentagem pequena, este primeiro gigawatt eólico atingido pelo país deve estimular os investimentos no setor em território nacional. A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) espera que a geração eólica represente 5,2 GW na matriz energética brasileira até 2013. “Particularmente eu duvido que em dois anos isso se torne verdade, embora é claro, a expectativa da associação seja baseada nos resultados dos leiloes de 2009 e 2010, mas enfim, o jeito é esperar e torcer para que aconteça mesmo..2013 eu já estarei mais avançada no meu curso...quem sabe sobra um ‘estagiozinho’ pra mim no meio desses gigas ;)”
O fato é que milhares de megawatts estão inscritos para os leilões de energia A-3 e de reserva. Agora é esperar questões políticas não sejam “a pedra no meio do caminho” destes epreendimentos.
Os investimentos no setor têm feito com que o Brasil esteja na mira de multinacionais. Segundo a ABEEólica, ao menos sete grandes empresas já anunciaram investimentos no Brasil.
“Mas nem tudo são flores”, um dos maiores problemas da energia eólica é sua confiabilidade, já que os aerogeradores dependem diretamente da intensidade do vento e por isso, estão sujeitos às variações climáticas. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, houve anos em que menos de 80% da energia prometida no leilões foram entregues. Embora eu concorde com a opnião do presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, que questionou o fato defendendo que a produção média das 26 usinas que operam há ao menos um ano, superaram o volume previsto no contratos de licitação e além disso, falou que no Brasil, a energia eólica complementa a hidráulica, pois os ventos são mais fortes no períodos mais secos.
“Trocando em miúdos” o resumo de tudo é que Energia Eólica apesar de ainda representar uma fatia pequena do “bolo” de energia mundial e de trazer consigo alguns problemas que ao meu ver são pequenos diante da imensidão de benefícios que ela possui, tem recebido uma atenção estimulante, especialmente para estudantes que assim como eu, interessam-se pelo setor e é claro para os investidores que têm tido lucros que os fazem querer cada vez mais estar evolvidos no desenvolvimento e implantação dessa forma renovável de contribuição à matriz energética mundial.